the god delusion
Jesus Cristo era um péssimo político.
UM BLOG ÁCIDO. PARA DOCE JÁ BASTA A VIDA
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Luís Figo abandonou mais uma vez o futebol "de alta competição". Parece que não vai voltar a jogar futebol. E daí, talvez vá. Pode ser que lhe apareça um convite tentador para as competiçõezinhas do futebolzinho árabe ou para o soccerzito americano que o façam mudar novamente de ideias.
Figo é o Santana Lopes do futebol. Diz que se vai embora mas, já depois de se despedir, regressa, como aconteceu com o último ano no Inter ou com a selecção nacional - desde que, evidentemente, não seja ao Sporting. Como Santana, tem-se em muito melhor conta do que, na realidade, é ou foi. Como o menino guerreiro, convence sempre a massa acéfala do seu brilhantismo e que os seus insucessos se devem a externalidades - como a malévola indústria em que o futebol se tornou e que manipula resultados para que os poderosos vençam mais facilmente (Euro 2000).
O futebol de Figo, feito de alguma técnica bem trabalhada, muito ginásio e estudado marketing, é produtivo, mecanicamente eficaz e musculado. Durante algum tempo - reconheça-se - foi o melhor centrador-para-a-área do futebol mundial. Nada mais. Não era um jogador de futebol. Era apenas um atleta competente. O que era o futebol funcional e aborrecido de Figo ao lado da indolência mágica (e portuguesa) de, por exemplo, Vítor Paneira?
Agora, o (ex-?)detentor de 2% do capital do saudoso BPN, vem incitar-nos a eleger os deputados da patética máquina do faz-de-conta europeu. Mais uma razão para a abstenção.