8 de maio de 2009

as gripes da televisão

Em Setembro de 2006, os jornais noticiavam que a gripe das aves «poderia matar 142,2 milhões de pessoas» (http://dossiers.publico.pt/shownews.asp?id=1248168&idCanal=1496, em link não disponível). Só em Portugal batiam a bota 13 mil compatriotas. Todos os estudos eram apresentados como “independentes”, mas sem grandes referências concretas ao seu método e conclusões obtidas. A comunicação social mundial, como sempre, exerceu muito bem o seu papel de tradução, revisão de textos, tipografia e distribuição.
Um estudo do Observatório Nacional de Saúde «procurou avaliar o efeito de uma epidemia em que o vírus afecte 40 pessoas em cada cem com as quais contacta». Um cientista do Observatório «estimou que numa primeira fase, mais branda, cerca de um milhão de portugueses pode vir a ser infectado pelo vírus, um valor que aumentaria para três milhões numa segunda onda pandémica». E até calculava o número de consultas que o Serviço Nacional de Saúde (actualmente alvo de uma fatwa do Governo) prestaria: «será solicitado em 1,9 milhões de consultas na primeira ronda e que na segunda fase a procura vai subir para mais de três milhões».
Por altura daquela pandemia ornitológica, de "gripe das aves" não morreram mais de cem pessoas em todo o mundo (como todos os anos, aliás).

Agora é um terço da humanidade que pode ser contaminada. Em Portugal, escreve-se impunemente, a "gripe suína" poderá provocar dois a três milhões de infectados e 75 mil mortos.

A Roche domina os segredos do marketing.

1 Comments:

Blogger jrd said...

A Roche, sempre a "grande porca" dos meus pensamentos pós-duche.
Mas não só, desconfio muito do lobby dos "gatos pingados" junto dos media.

8 de maio de 2009 às 21:08  

Enviar um comentário

<< Home

Powered by Blogger

www.website-hit-counters.com