26 de novembro de 2004

histórias de amor e totobola

No fim de uma semana intensa de labor, um homem zanga-se com os três colegas de serviço com quem trabalha diariamente no mesmo gabinete. É sexta-feira, dia convencionado na empresa para o casual wear (em que é obrigatório o uso de roupa informal), e o homem, furioso, arruma os seus papéis, desliga o computador, põe a caneta do bolso interior do casaco, pega no telemóvel, nas chaves do carro e nos óculos escuros e sai apressado, batendo com a porta do gabinete, suave, mas firmemente.
Vai em direcção ao carro, decidido a rumar para junto do rio, de modo a aproveitar os últimos momentos do dia de um agradável sol de inverno e desanuviar-se com as sonolentas águas do Tejo. No trajecto para o parque de estacionamento passa por um café. Entra, pede uma bica e um salgado e, enquanto espera que o sirvam, tira quase inconscientemente num boletim do Euromilhões. Pega numa caneta e, antes de começar a preencher o boletim, surge-lhe uma ideia para o critério a adoptar na selecção dos algarismos: o 3, para a estrela, porque os colegas de trabalho são 3; os restantes seis números escolhe-os de acordo com o dia de aniversário e com as idades de cada um deles.

1 Comments:

Blogger Bastet said...

Pois é, acho que já sei a chave!
Com que então um salgadinho?;)

26 de novembro de 2004 às 21:47  

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