portugal profundo
«Por ser do interesse nacional e da democracia, com o objectivo de suster o gravíssimo golpe palaciano em curso sobre a independência do poder judicial orquestrado pela rede pedófila de controlo do Estado», o blog do portugal profundo publica, na íntegra, o recurso do Ministério Público (da autoria dos procuradores Cristina Faleiro, Paula Soares e João Guerra) sobre o despacho (da juíza de instrução Ana de Barros Queiroz Teixeira e Silva) de não-pronúncia de Paulo Pedroso, Herman José e Francisco Alves no chamado processo de pedofilia da Casa Pia. Aqui.
7 Comments:
CC
duvido do interesse nacional e da democracia em apenas se conhecer este lado da história. Porque não publica o Portugal Profundo a peça anterior do MP que está pejada de erros, omissões e confusões deliberadas sobre os não-pronunciados? Porque não dá jeito. Descobrir que o MP foi incompetente, trapalhão e manipulador não é bom quando se quer enlamear o nome das pessoas. Mais: o que o MP não conta e este recurso não explica é a incansável estratégia do MP/PGR/PJ: divulgar cá para fora as suas teses (já sabemos como) para ver se "colava". Exemplo? O Herman estava no Brasil à data dos factos. Arranje-se uma festa de Carnaval em Novembro. Mau de mais para ser verdade. Mau de mais para se poder actreditar nos propósitos destes senhores.
Obrigado pelo link. Quanto mais divulgarmos os documentos, mais nos aproximamos da neutralização do golpe palaciano sobre a independência do poder judicial pela rede pedófila de controlo do Estado.
Não respondo a piadas anónimas, caríssimo. Descanse: é a única coisa que me provoca enjoos - o anonimato cobarde. E se não acredito no Pai Natal, também queria acreditar na Justiça. Ou o caro anónimo não leu essa peça de manipulação que foi a intervenção de Salvado (PJ, citando o MP e a PGR)? Não sabe do que falo? Das cassetes, claro, que implicaram de forma nojenta Ferro Rodrigues no caso.
Não, não é o meu nome. Mais: o senhor mostra desatino a "pesquisar" a blogosfera. O meu nome é Marujo (sim), que escreve na Cibertúlia. Onde já me identifiquei muitas vezes. Ah, e o Gigimarujo, também é nome: Marujo, de família, Gigi, diminutivo - mas de outra pessoa. E estes dois Marujos não usurpam o nome de ninguém...
Mais: e o senhor às minhas questões disse nada. Preferiu o acessório!
Meus caros,
não vale a pena discutir por tão pouco. A publicidade que entendi fazer ao recurso do Ministério Público deve-se ao facto de eu ter ouvido falar dele, mas pouco ter lido na comunicação social sobre o seu conteúdo.
É claro que são reprováveis algumas das atitudes de alguns elementos do MP em todo este processo: o afã judicialista de alguns procuradores, os métodos pouco claros de manipulação da opinião pública, através das fugas a conta-gotas de informações do inquérito, e talvez a orquestração de meios para construir cenários de filme onde não exista mais que um fraco enredo. Mas a verdade (alguma da verdade) é que do lado da defesa praticou-se tudo isso e muito mais (e com mais e melhores meios): falsos sósias, comunicação social cor-de-rosa a chorar o sofrimento dos detidos e das suas famílias sem se referir à razão da sua detenção, encenação ridícula de louvores à liberdade em espaços de soberania, recurso a expedientes dilatórios, manipulação dos media para fazer desacreditar juizes e vítimas, publicação de material roubado, etc.
Este blog não é um espaço de jornalismo, nem o seu autor é jornalista, pelo que me reservo o direito de publicitar apenas um dos lados da realidade de comento. Ainda que não tenha opinião formada sobre os acusados ou outros envolvidos no caso Casa Pia - espero que a lenta justiça portuguesa cumpra o seu papel -, e seja irrelevante o que penso da culpabilidade dos ainda detidos, não subscrevo o Miguel Marujo quando refere «as cassetes que implicaram de forma nojenta Ferro Rodrigues no caso». Eu não conheço o Ferro Rodrigues e, embora me aproxime politicamente dele (é das figuras do PS por quem tenho mais afinidade ideológica), nada sei da sua vida privada. Por isso, não sei se o Ferro Rodrigues, o Paulo Pedroso, o Herman José, o Carlos Cruz ou mesmo o Carlos Silvino praticaram alguma vez na sua vida actos sexuais com menores. Pela mesma razão, não sei se a sua "implicação" no caso Casa Pia é legítima ou não. O que sei é que conheço bem melhor os argumentos da defesa dos arguidos do que os factos da acusação. Talvez a culpa seja minha, por estar desatento à comunicação social ou por dar demasiada atenção às revistas e publicações menos “sérias”. Mas, tal como o Tino de Rans, vejo como mais grave a violação das crianças do que a do segredo de justiça. Creio mesmo que o segredo de justiça se verga face a outros interesses. Como, aliás, é a opinião do Ferro Rodrigues.
Ninguém valoriza mais a violação do segredo de justiça que a violação de menores. É o típico argumento com que alguns justiceiros gostam de rematar as conversas sobre todo este processo. E é o caso do senhor Tino. Em lado nenhum desvalorizo a violação das crianças - que terá existido, que terá de ser correctamente investigado e julgado. O que há nisto tudo é propaganda a mais e transparência a menos. Daí ter reivindicado os dois lados da matéria. Pouco serve à justiça ouvir apenas um lado. Não é uma questão de obrigação jornalística, caro CC.
Quanto ao Ferro, também nada sei sobre a sua vida privada. O que sei depois de ler o teor das conversas do senhor ex-director da PJ é que este mentiu sobre o processo e sobre essas mentiras se fizeram manchetes caluniosas e lamacentas sobre o ex-líder do PS.
Ah!, e quanto às crianças: já repararam a diferença entre o caso da Casa Pia e o dos Açores? - onde o segredo de justiça não foi quebrado (Açores), a PJ fez o seu trabalho, investigou e já se avança para julgamento. O caso nasceu muito depois da Casa Pia... Alguém pensou que estas iniciativas do Portugal profunda prejudicam mais a Justiça (e as crianças, claro) do que ajudam? E anda tudo demasiado atarefado em arranjar uns "poderosos" para condenar...
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