26 de agosto de 2004

portugal profundo

«Por ser do interesse nacional e da democracia, com o objectivo de suster o gravíssimo golpe palaciano em curso sobre a independência do poder judicial orquestrado pela rede pedófila de controlo do Estado», o blog do portugal profundo publica, na íntegra, o recurso do Ministério Público (da autoria dos procuradores Cristina Faleiro, Paula Soares e João Guerra) sobre o despacho (da juíza de instrução Ana de Barros Queiroz Teixeira e Silva) de não-pronúncia de Paulo Pedroso, Herman José e Francisco Alves no chamado processo de pedofilia da Casa Pia. Aqui.

7 Comments:

Blogger Miguel Marujo said...

CC
duvido do interesse nacional e da democracia em apenas se conhecer este lado da história. Porque não publica o Portugal Profundo a peça anterior do MP que está pejada de erros, omissões e confusões deliberadas sobre os não-pronunciados? Porque não dá jeito. Descobrir que o MP foi incompetente, trapalhão e manipulador não é bom quando se quer enlamear o nome das pessoas. Mais: o que o MP não conta e este recurso não explica é a incansável estratégia do MP/PGR/PJ: divulgar cá para fora as suas teses (já sabemos como) para ver se "colava". Exemplo? O Herman estava no Brasil à data dos factos. Arranje-se uma festa de Carnaval em Novembro. Mau de mais para ser verdade. Mau de mais para se poder actreditar nos propósitos destes senhores.

28 de agosto de 2004 às 14:07  
Blogger António Balbino Caldeira said...

Obrigado pelo link. Quanto mais divulgarmos os documentos, mais nos aproximamos da neutralização do golpe palaciano sobre a independência do poder judicial pela rede pedófila de controlo do Estado.

28 de agosto de 2004 às 14:12  
Blogger Miguel Marujo said...

Não respondo a piadas anónimas, caríssimo. Descanse: é a única coisa que me provoca enjoos - o anonimato cobarde. E se não acredito no Pai Natal, também queria acreditar na Justiça. Ou o caro anónimo não leu essa peça de manipulação que foi a intervenção de Salvado (PJ, citando o MP e a PGR)? Não sabe do que falo? Das cassetes, claro, que implicaram de forma nojenta Ferro Rodrigues no caso.

29 de agosto de 2004 às 19:44  
Blogger Miguel Marujo said...

Não, não é o meu nome. Mais: o senhor mostra desatino a "pesquisar" a blogosfera. O meu nome é Marujo (sim), que escreve na Cibertúlia. Onde já me identifiquei muitas vezes. Ah, e o Gigimarujo, também é nome: Marujo, de família, Gigi, diminutivo - mas de outra pessoa. E estes dois Marujos não usurpam o nome de ninguém...

29 de agosto de 2004 às 22:13  
Blogger Miguel Marujo said...

Mais: e o senhor às minhas questões disse nada. Preferiu o acessório!

29 de agosto de 2004 às 22:14  
Blogger CC said...

Meus caros,
não vale a pena discutir por tão pouco. A publicidade que entendi fazer ao recurso do Ministério Público deve-se ao facto de eu ter ouvido falar dele, mas pouco ter lido na comunicação social sobre o seu conteúdo.
É claro que são reprováveis algumas das atitudes de alguns elementos do MP em todo este processo: o afã judicialista de alguns procuradores, os métodos pouco claros de manipulação da opinião pública, através das fugas a conta-gotas de informações do inquérito, e talvez a orquestração de meios para construir cenários de filme onde não exista mais que um fraco enredo. Mas a verdade (alguma da verdade) é que do lado da defesa praticou-se tudo isso e muito mais (e com mais e melhores meios): falsos sósias, comunicação social cor-de-rosa a chorar o sofrimento dos detidos e das suas famílias sem se referir à razão da sua detenção, encenação ridícula de louvores à liberdade em espaços de soberania, recurso a expedientes dilatórios, manipulação dos media para fazer desacreditar juizes e vítimas, publicação de material roubado, etc.
Este blog não é um espaço de jornalismo, nem o seu autor é jornalista, pelo que me reservo o direito de publicitar apenas um dos lados da realidade de comento. Ainda que não tenha opinião formada sobre os acusados ou outros envolvidos no caso Casa Pia - espero que a lenta justiça portuguesa cumpra o seu papel -, e seja irrelevante o que penso da culpabilidade dos ainda detidos, não subscrevo o Miguel Marujo quando refere «as cassetes que implicaram de forma nojenta Ferro Rodrigues no caso». Eu não conheço o Ferro Rodrigues e, embora me aproxime politicamente dele (é das figuras do PS por quem tenho mais afinidade ideológica), nada sei da sua vida privada. Por isso, não sei se o Ferro Rodrigues, o Paulo Pedroso, o Herman José, o Carlos Cruz ou mesmo o Carlos Silvino praticaram alguma vez na sua vida actos sexuais com menores. Pela mesma razão, não sei se a sua "implicação" no caso Casa Pia é legítima ou não. O que sei é que conheço bem melhor os argumentos da defesa dos arguidos do que os factos da acusação. Talvez a culpa seja minha, por estar desatento à comunicação social ou por dar demasiada atenção às revistas e publicações menos “sérias”. Mas, tal como o Tino de Rans, vejo como mais grave a violação das crianças do que a do segredo de justiça. Creio mesmo que o segredo de justiça se verga face a outros interesses. Como, aliás, é a opinião do Ferro Rodrigues.

30 de agosto de 2004 às 00:22  
Blogger Miguel Marujo said...

Ninguém valoriza mais a violação do segredo de justiça que a violação de menores. É o típico argumento com que alguns justiceiros gostam de rematar as conversas sobre todo este processo. E é o caso do senhor Tino. Em lado nenhum desvalorizo a violação das crianças - que terá existido, que terá de ser correctamente investigado e julgado. O que há nisto tudo é propaganda a mais e transparência a menos. Daí ter reivindicado os dois lados da matéria. Pouco serve à justiça ouvir apenas um lado. Não é uma questão de obrigação jornalística, caro CC.
Quanto ao Ferro, também nada sei sobre a sua vida privada. O que sei depois de ler o teor das conversas do senhor ex-director da PJ é que este mentiu sobre o processo e sobre essas mentiras se fizeram manchetes caluniosas e lamacentas sobre o ex-líder do PS.

Ah!, e quanto às crianças: já repararam a diferença entre o caso da Casa Pia e o dos Açores? - onde o segredo de justiça não foi quebrado (Açores), a PJ fez o seu trabalho, investigou e já se avança para julgamento. O caso nasceu muito depois da Casa Pia... Alguém pensou que estas iniciativas do Portugal profunda prejudicam mais a Justiça (e as crianças, claro) do que ajudam? E anda tudo demasiado atarefado em arranjar uns "poderosos" para condenar...

30 de agosto de 2004 às 00:55  

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